Valorização Orgânica

Os restos de comida de algumas das cantinas, restaurantes e mercados da área metropolitana de Lisboa (norte) são encaminhados para a Estação de Tratamento e Valorização Orgânica da Valorsul.

 

Nesta unidade os restos de comida são tratados e transformados em corretivo agrícola orgânico, sem aditivos químicos, para utilização na agricultura e jardinagem. Através do processo de "digestão anaeróbia" é possível captar o gás da fermentação (biogás) e utilizá-lo na produção de energia elétrica.

A Valorização Orgânica é composta pela Estação de Tratamento e Valorização Orgânica e pela Estação de Compostagem de Verdes.

 

Os resíduos verdes, recolhidos e entregues seletivamente, são tratados e transformados em composto, na Estação de Compostagem de Verdes.

 

 

Informações Relacionadas
Estação de Tratamento e Valorização Orgânica

Localização:
Rua Fernando Maia
Serra da Mira
Mina de Água
2650-262 Amadora

 

Área ocupada:
4 ha

 

Origem dos RU:
Restaurantes, cantinas, mercados, hotéis.

 

Resíduos aceites/tratados:


Resíduos orgânicos


Produtos tratados e valorizados:
Energia elétrica bruta (kWh/ano): 8.000.000 - 12.000.000
Auto consumo elétrico (kWh/ano): 4.000.000 - 6.000.000
Composto (ton/ano): cerca de 900

 

Processo de tratamento:
Digestão anaeróbia.

 

Capacidade máxima de processamento:
40.000 toneladas por ano numa primeira fase.

 

Data de entrada em funcionamento:
3 de fevereiro de 2005


Descrição do Processo
A Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO) trata, pelo processo de Digestão Anaeróbia, resíduos orgânicos recolhidos seletivamente nos setores da restauração, hotelaria, mercados abastecedores e retalhistas, limpeza de jardins, entre outros. Produz fertilizante para uso agrícola e doméstico (composto) e energia, a partir do aproveitamento do biogás produzido no processo.

 

Numa primeira fase, a ETVO trata 40 mil toneladas de matéria orgânica por ano, estando previsto no futuro, e caso se justifique, o aumento de capacidade para 60 mil toneladas por ano.
O processo de tratamento consiste numa Digestão Anaeróbia, seguida de um Pós-Tratamento Aeróbio em área fechada. Utiliza-se um processo de digestão anaeróbia, via húmida, termófilo, em duas fases.

 

Os resíduos orgânicos provenientes das diferentes fontes são entregues na Central durante dois turnos:
- Os utilizadores particulares efetuam descarga de 2.ª a 6.ª feira das 09h00 às 17h00 (exceto feriados);
- Os utilizadores municipais efetuam descarga de 2ª feira a sábado, entre as 00h00 e as 08h00 e entre as 16h00 e as 24h00.

 

São depositados numa área de receção e descarga, confinada e dotada de portas de isolamento adequadas ao acesso de viaturas. Segue-se um pré-tratamento dos resíduos, com a finalidade de remoção de materiais indesejáveis (vidros, pedras, plásticos, etc.).

 

Os resíduos são misturados com material digerido e alimentados ao reator, existindo na 1ª fase de operação, dois reatores de digestão anaeróbia. O biogás produzido é armazenado num reservatório com uma dimensão de 3.000 m3.

 

O produto digerido e desidratado passa a uma fase de pré-compostagem fechada, com arejamento forçado, seguindo-se uma pós-compostagem aberta. O período total de retenção é de 13 semanas.

 

Todo o ar contaminado da instalação é recolhido (6 renovações de ar/h) e tratado no biofiltro, evitando-se deste modo, a propagação de odores na ETVO e na vizinhança.

 

A opção pela recolha seletiva na origem tem como finalidade a obtenção de uma melhor qualidade de composto. As origens dos resíduos orgânicos a processar distribuem-se da seguinte forma:


Setores Considerados - % de Resíduos Orgânicos a processar na ETVO:

- Restaurantes (a) ˜ 35 - 50
- Mercados (b) ˜ 30 - 45
- Cantinas (c) ˜ 10 - 20
- Jardins/Cemitérios/Parques ˜ 0 - 10

(a) Restaurantes e afins, centros comerciais, hóteis.
(b) Mercado Abastecedor da Região de Lisboa.
(c) Cantinas de empresas, universidades, hospitais, estabelecimentos prisionais, estabelecimentos militares.

 

A Estação compreende uma unidade de receção e preparação dos resíduos, uma unidade de hidrólise e metanização, uma unidade de estabilização e afinação do composto e uma unidade de afinação do biogás.

 

Fique a conhecer a Estação de Tratamento e Valorização Orgânica aqui.

Estação de Compostagem de Verdes

Localização:
Rua Fernando Maia
Serra da Mira
Mina de Água
2650-262 Amadora

 

Origem dos RU:
Limpezas e manutenção de jardins, Parques

 


Resíduos aceites/tratados:
Resíduos verdes

 

Produtos tratados e valorizados:
1.300 toneladas de composto/ano

 

Processo de tratamento:
Compostagem

 

Capacidade máxima de processamento:
8 mil toneladas de resíduos verdes

 

Data de entrada em funcionamento:
9 junho 2020

 

Descrição do Processo:
A Estação de Compostagem de Verdes da ETVO trata, por compostagem, os resíduos verdes provenientes da limpeza e manutenção de jardins. O processo de tratamento compreende as seguintes etapas: Receção, Trituração, Compostagem, Afinação e Armazenamento de composto final.


Os resíduos verdes são recebidos e armazenados nas baías de receção para posteriormente serem triturados, através de um triturador, de modo a garantir homogeneização granulométrica do material.


Após a trituração, os resíduos verdes são colocados na área de compostagem, por uma pá carregadora, em pilhas de formato trapezoidal com cerca 2,0 metros de altura e 5,0 de largura. As pilhas formadas são revolvidas periodicamente por uma revolvedora que promove o arejamento do substrato biodegradável bem como a sua humidificação, por meio de um sistema de carretel automático acoplado, criando assim as condições ideais de degradação até à sua fase de maturação.


Em seguida, o material compostado é sujeito a um processo de afinação onde, através de crivo e mesa densimétrica, são removidos materiais inertes (pedras, vidros, plásticos, etc..) que possam existir. Após a afinação, obtém-se o composto final, um produto estabilizado e higienizado, que é armazenado em pilha sendo utilizado como corretivo orgânico agrícola.

 

Veja aqui como funciona a Estação de Compostagem de Verdes.