Aterro Sanitário do Oeste

Localização:
Outeiro da Cabeça / Vilar
Cadaval

 

Área ocupada:
14 hectares de área de deposição.

 

Resíduos aceites/tratados:
​Todos os resíduos provenientes da recolha indiferenciada.

Processo de tratamento: Deposição controlada de Resíduos.

 

Origem dos RU:
Recolha indiferenciada

 

Capacidade máxima de processamento:
3.183.000 m3 encaixe total

 

Data de entrada em funcionamento:
Janeiro de 2002

 

Células do Aterro
O Aterro Sanitário do Oeste serve de destino final aos resíduos sólidos urbanos produzidos em 14 municípios da região Oeste.

 

O Aterro é constituído por duas células diferenciadas de deposição de resíduos, sendo a primeira célula constituída por três alvéolos distintos (Alvéolos 1, 2 e 3) e a segunda célula por dois (Alvéolos 4 e 5).

 

O sistema de impermeabilização na base do aterro é constituído por, de baixo para cima:

 

- camada de solos compactados numa espessura de 0,5 m;
- geocompósito bentonítico;
- geomembrana em PEAD com espessura de 2 mm;
- geotêxtil com função de proteção à geomembrana;
- camada drenante (seixo rolado) com espessura de 0,5 m;
- geotêxtil com função de filtro.

 

Nos taludes, o geotêxtil e a camada drenante são substituídos por uma geomembrana tipo "Secudrain".

 

Drenagem e Captação de Biogás
A drenagem do biogás produzido no aterro é efetuada por intermédio de drenos verticais e caixas de lixiviados, construídos ou incrementados num processo sucessivo e dinâmico desde o início de exploração do ASO, de modo a acompanharem o crescimento da massa de RU. Os drenos são constituídos por um tubo guia em aço (com apenas três metros de altura e que vai sendo subido) e por tubagem contínua em PEAD Ø 160mm, ranhurada a 360º. O espaço entre o tubo guia e a tubagem em PEAD é totalmente preenchido com seixo rolado. Quando atingida a cota de cobertura da massa de resíduos é colocado a "cabeça de captação" de biogás.

 

As caixas de lixiviados, construídas em anéis de betão perfurados, são executadas durante a exploração do aterro, de modo a permitir uma drenagem franca dos lixiviados produzidos no seio da massa de resíduos, e sua condução ao sistema de drenagem de fundo existente. Embora seja este o objetivo principal da sua execução, acabam por funcionar igualmente como drenos de biogás, pelo que em algumas situações estão dotadas de cabeças de captação para ligação à rede de drenagem ativa.

 

As cabeças de captação instaladas quer nos drenos de biogás, quer nas caixas de lixiviados, têm um ponto de amostragem, para caracterização do efluente gasoso, e uma válvula de regulação para controlo do caudal de cada poço, encontrando-se ambos os sistemas localizados na saída para o respetivo ramal de aspiração.

 

As saídas das cabeças de captação são ligadas a ramais de aspiração, em PEAD Ø 90mm que se encontram ligados diretamente a dois coletores perimetrais ou agregados numa estação de regulação e monitorização (ERM) se liga a um destes coletores.

 

Na célula 1 do ASO, a rede de drenagem de biogás é composta por 29 drenos de biogás e 11 caixas de lixiviados, ligados a 5 ERM's (Estações de Regulação e Medição).

 

Na célula 2 do ASO, a rede de drenagem de biogás é composta por 35 drenos de biogás e 14 caixas de lixiviados, unidos por grupos de poços a 6 ERM's. As ERM's estão ligadas aos coletores perimetrais.

 

O sistema de transmissão e valorização energética do biogás é composto por dois coletores perimetrais, em PEAD Ø 200 mm, localizados ao nível de "pé de talude", no limite exterior de cada célula de RSU, fazendo o encaminhamento do biogás captado à central de valorização energética do biogás. Ambos os coletores são dotados de pontos de amostragem e válvulas de regulação.
Os dois coletores perimetrais confluem numa tubagem única, em PEAD Ø 315mm (ponto de mistura), que então encaminha o biogás até ao grupo motogerador. Na tubagem de mistura, existe uma caixa de condensados com o objetivo remover quaisquer substâncias que liquefaçam e sejam arrastadas pela corrente gasosa.

 

A central de valorização energética do biogás do ASO, é constituída por uma unidade de aspiração/compressão e queima do biogás de 750 m³/h e um grupo motogerador de 1063 kW.

 


Sistema de drenagem e tratamento de lixiviados

Drenagem de Lixiviados

A drenagem dos lixiviados produzidos no interior das células do aterro é efetuada através de drenos que os conduzem por gravidade à Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes.
Os drenos são constituídos por uma tubagem em PEAD com diâmetro de 225 mm, ranhurada e instalada a meio da camada drenante do fundo da célula.
A Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes (ETAL) recebe os lixiviados provenientes do aterro, as águas residuais domésticas e o efluente proveniente de separadores de hidrocarbonetos instalados, respetivamente, na oficina e na plataforma de lavagem de viaturas e ecoparque.



Tratamento de Lixiviados

A ETAL do Aterro Sanitário do Oeste (ASO) consiste numa combinação de um tratamento biológico com um tratamento físico-químico, sendo a linha de tratamento da instalação constituída por:


- 2 Lagoas de regularização/homogeneização;
- Tratamento biológico por uma lagoa de arejamento;
- Tratamento físico-químico por coagulação-floculação com adição de policloreto de alumínio, hidróxido de sódio e de polielectrólito (fase líquida);
- Decantação primária;
- Decantação secundária com recirculação de lamas ao tratamento biológico;
- Descarga do efluente pré-tratado para o emissário da Águas do Oeste.

 

As lamas produzidas (primárias e/ou secundárias) são encaminhadas Unidade de tratamento de lamas composta por um silo e sistema de desidratação com adição de polieletrólito (as escorrências do tratamento da desidratação retornam à lagoa do tratamento biológico).